Teste do bafômetro: veja 5 fake news que não te livram da multa

Milhares de motoristas são multados semanalmente em operações que combatem o consumo de álcool. Segundo um estudo da Escola Nacional de Seguros, a Lei Seca salvou mais de 40 mil vidas em seus primeiros dez anos de existência.

Por outro lado, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) alerta que mais de 10 mil pessoas perderam a vida em acidentes com motoristas embriagados anualmente.

Com esses números impactantes, a conscientização sobre os perigos do álcool ao volante torna-se cada vez mais crucial.

O bafômetro, temido por muitos condutores, é uma ferramenta essencial para a aplicação da Lei Seca. O problema é que muitos condutores ainda não conhecem como funciona totalmente esse equipamento, acreditando em notícias que não são verdadeiras.

Você com certeza já deve ter escutado alguma fake news sobre o bafômetro, mas como saber o que é ou não verdade? Quais as mentiras mais populares sobre esse equipamento? No artigo de hoje, separamos 5 fake news sobre o bafômetro que não vão te livrar da multa, bora conferir? Vamos lá!

1- Posso recusar o teste do bafômetro

Muitas pessoas defendem que o teste do bafômetro só deve ser feito após sinais claros de embriaguez, mas isso não acontece. Todo motorista pode ser submetido ao teste em qualquer momento, independente de demonstrar qualquer sinal de ingestão de álcool ou não.

O condutor até pode recusar realizar o teste, é um direito legal, mas isso pode acarretar em consequências como a suspensão da CNH, apreensão do veículo e multa no valor de R$ 2.934,70.

2- O bafômetro tem tolerância para quem bebeu pouco

O limite legal é zero para a concentração de álcool no sangue ao dirigir. A margem de erro do bafômetro, de 0,06%, é apenas para fins técnicos e não como uma concessão aos motoristas.

Por se tratar de um aparelho eletrônico, o bafômetro pode possuir algumas falhas técnicas, por isso ele já atua com essa pequena margem de erro, porém ela não significa o que é tolerável para ingestão, e sim uma pequena taxa que pode indicar o erro do equipamento.

O bafômetro atua com taxa zero, ou seja, qualquer ingestão de álcool pode ser detectada, mesmo que em uma quantia minúscula.

3 – Nutella e outros chocolates ajudam a burlar o álcool

Uma fake news muito forte que envolve o teste do bafômetro é relacionada ao consumo de chocolates, alguns acreditam que consumir alimentos como Nutella pode enganar o equipamento.

Isso é uma lenda urbana; nenhum alimento pode alterar o resultado do teste e nem diminuir a emissão de álcool no aparelho ou burlá-lo.

4 – Antissépticos bucais confundem o bafômetro

Você com certeza já ouviu falar do mito que se usar antissépticos bucais o teste do bafômetro pode atestar positivo, certo? Muitos motoristas já usaram essa desculpa para justificar o valor positivo no teste.

Produtos como Listerine contém álcool em sua composição, mas não são suficientes para acusar positivo no bafômetro. Se você não ingeriu bebida alcoólica, informe à autoridade de trânsito sobre o uso desses produtos.

5 – Metadoxil e outros medicamentos reduzem as chances de ser pego

Certos medicamentos podem acelerar a metabolização do álcool, mas não interferem na concentração medida pelo bafômetro. Tomar esses medicamentos após consumir álcool não impedirá um teste positivo.

Dessa forma, mesmo que você esteja realizando o tratamento contra o alcoolismo, se você ingerir álcool, o remédio não fará efeito de forma imediata, podendo atestar positividade dentro do bafômetro.

Conclusão

Por mais que a Lei Seca e o bafômetro atuem de forma crucial para combater os acidentes de trânsito, muitas pessoas ainda acreditam em certas fake news vinculadas ao equipamento, não caia nessas armadilhas!

Procure entender mais como funciona esse aparelho, e não caia em notícias falsas como as que falamos acima.

Recusar-se a beber ao volante é uma decisão responsável e legal. Seja consciente, e se beber, não dirija. Sua segurança e a dos outros estão em suas mãos.

Precisa de ajuda para desvendar alguma solução vinculada ao trânsito? Conte com a GWA Consultoria.