Os acidentes são os principais fatores dos impactos econômicos no trânsito do Brasil. Mas, o porquê dessa influência?
Diariamente se tem notícia de uma colisão entre veículos, ou de um atropelamento de pedestres.
Até que ponto isso mexe com sua vida e a economia do lugar que você mora? Veja a seguir.
A importância de entender os impactos econômicos no trânsito
Você já parou para pensar como é todo processo depois que acontece um acidente de trânsito?
Além do socorro imediato às vítimas, existem outros procedimentos ligados a esse tipo de evento. E tudo isso tem um custo, que inicialmente é pago pelo Estado.
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) define uma lista de custos associados aos acidentes de trânsito, dentre os principais estão:
- Resgate da vítima – é o valor do socorro a pessoa acidentada. Considera o transporte da vítima do local do acidente até a unidade hospitalar.
- Atendimento médico-hospitalar e reabilitação – inclui todos os gastos médicos no atendimento às vítimas de acidentes no trânsito, inclusive dos programas de fisioterapia.
- Atendimento policial e agentes de trânsito – é o custo que soma o tempo de deslocamento das autoridades no local do acidente até a ida ao hospital/delegacia. Conta também o uso de veículos oficiais.
- Congestionamento – o engarrafamento provocado pelo acidente também é um dos impactos econômicos no trânsito. Ele mexe na rotina de todas as pessoas que passam pela via.
- Danos ao equipamento urbano – quando há uma colisão no poste, ou gradil da pista, por exemplo.
- Impacto familiar – o acidente de trânsito impacta o círculo familiar da vítima. As idas ao hospital ou até o afastamento do trabalho, afetam a vida econômica dessas pessoas.
- Previdenciário – é um custo que ocorre quando a vítima recorre a um benefício (temporário ou permanente) da Previdência Social.
Existem outros impactos econômicos no trânsito, tais como os danos ao veículo e a propriedade de terceiros.
Além disso, ainda podem ser aplicadas multas e até mesmo indenização, se ficar comprovado que o causador do acidente está com a CNH vencida ou seu veículo está com restrições no Detran, por exemplo.
Porém, dá para perceber que o SUS (Sistema Único de Saúde) é o mais afetado.
Só para ilustrar, o Conselho Federal de Medicina estima que entre os anos de 2008 a 2018 aproximados 3 bilhões de reais foram gastos pelo SUS para atender vítimas de acidentes de trânsito.
Assim, nesse período cada brasileiro desembolsou em média R$255,69 por ano para cobrir os gastos do SUS.
E quais são as principais vítimas dos acidentes nas vias brasileiras?
Os pedestres. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde, de 1996 a 2018, houveram mais de 200 mil óbitos de pedestres.
E até 2020, foram meio milhão de pessoas internadas com traumas causados por acidentes de trânsito.
Meios para reduzir os impactos dos acidentes de trânsito
Sem dúvida, a educação no trânsito é a principal forma de diminuir esses impactos econômicos.
Uns bons exemplos disso são projetos como:
- Maio Amarelo;
- Semana Nacional do Trânsito;
- Professor Amigo do Trânsito, dentre outros.
É necessário que a população entenda que um bom comportamento nas ruas e avenidas, evitam mortes e os altos custos aos cofres públicos.
As boas práticas no trânsito podem ser apresentadas nas escolas, e se estender para os cursos de formação de condutores.
Por outro lado, a aplicação correta da legislação também é uma maneira de reduzir os acidentes.
Outras medidas importantes são o uso de tecnologias para aumentar a segurança dos veículos, melhorias nas rodovias e inovações na engenharia de tráfego.
O condutor também tem de exercer o seu papel. Manter sua CNH em dia, por exemplo, é uma medida simples, mas que mantém longe problemas com a fiscalização.
A mesma atenção deve ser dada à documentação do veículo.
Acidentes que envolvem automóveis com CRLV atrasado, dificultam o processo de abertura do aviso de sinistro junto à seguradora, provocando transtornos maiores às vítimas.
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